segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

# 9

Papá. A palavra acertou-lhe com tamanha dureza que o magoou mais do que a própria soqueira. A dor da lembrança de Anna. Do seu rosto inocente de mulher vivida que descobre como ele, pela primeira vez, o verdadeiro amor. Jamais poderá esquecer o seu olhar de entrega incondicional, o seu corpo esbelto e as suas mãos pequenas e atrevidas. Parece que ainda lhe percorrem o corpo, dorido. Olhou para a filha mas via a mãe. Estava atordoado.

Sem comentários: