Não se recordava dela assim. Tão jovem. Tão bela.
Uma figura de porcelana, num decotado vestido branco de festa, iluminada pela luz artificial dos candeeiros do corredor do hotel. Quase um fantasma. Uma projecção do seu desejo.
Perdeu-se, nas recordações dum longínquo e tortuoso passado amoroso, mas apenas por uma fracção de segundos. Tempo suficiente para não reagir à presença duma terceira figura no quarto. A mesma que agora segurava com enorme destreza a seringa que sentia espetada junto ao pescoço, e lhe induzia o familiar torpor.
Anna – murmurou instantes antes de desmaiar.
Rápido – ordenou a jovem mulher ainda parada junto à porta.
Chamou-te Anna?! – questionou com surpresa o terceiro homem.Deve-me ter confundido com a minha mãe, respondeu friamente Anna, ao mesmo tempo que guardava a arma na pequena mala prateada, virando costas ao quarto de debrum cor-de-rosa, onde anos antes a sua mãe havia sido encontrada morta.
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4 comentários:
Ora como mais ninguém nos liga, continuemos nós, esta aventura, e logo vemos no que é que isto dá?
Beijinhos
Sim M. Estamos nessa. bjinhos e bom fim de semana.
Publicou duas vezes o mesmo comentário por isso é que apaguei. Não foi censura :) bjinhos
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