publicado em Revista Tabu, semanário Sol, 19/10/08
Eles são engenheiros zootécnicos, estudantes do liceu, funcionários de agências de comunicação, universitários, e depois há a médica, o director comercial, o radiologista, o recém-formado publicitário, a jornalista, o administrativo numa empresa de camionagem, os professores, um dos sócios-fundadores da Go Car Tours e a Antónia - que acorda às 6 da manhã para vir de comboio desde o Porto e regressa mal acaba a aula.
São mais de 20, de idades compreendidas entre os 18 e os 50, quase todos assumindo baixas expectativas e membros do Workshop de Escrita Criativa que estou a leccionar com o meu amigo Nuno Costa Santos. Só desejam, no essencial, sair da rotina diária e aprender alguns truques que acrescentem colorido a, por exemplo, os cinzentos e-mails profissionais presos de pés e mãos ao “Exmo. Sr. Dr” e ao “Sem mais de momento, despeço-me com os mais cordiais cumprimentos”. Mas o curioso é que, entre aforismos, contos por encomenda, textos sem a palavra “que”, posts, crónicas, sketchs e uma participação oral capaz de envergonhar a universidade mais clássica, eles é que acabaram por fornecer a derradeira e mais inspiradora lição: a de que as palavras escritas podem na verdade mudar o mundo – ainda que seja pessoa a pessoa, uma de cada vez.
São mais de 20, de idades compreendidas entre os 18 e os 50, quase todos assumindo baixas expectativas e membros do Workshop de Escrita Criativa que estou a leccionar com o meu amigo Nuno Costa Santos. Só desejam, no essencial, sair da rotina diária e aprender alguns truques que acrescentem colorido a, por exemplo, os cinzentos e-mails profissionais presos de pés e mãos ao “Exmo. Sr. Dr” e ao “Sem mais de momento, despeço-me com os mais cordiais cumprimentos”. Mas o curioso é que, entre aforismos, contos por encomenda, textos sem a palavra “que”, posts, crónicas, sketchs e uma participação oral capaz de envergonhar a universidade mais clássica, eles é que acabaram por fornecer a derradeira e mais inspiradora lição: a de que as palavras escritas podem na verdade mudar o mundo – ainda que seja pessoa a pessoa, uma de cada vez.
7 comentários:
Obrigada Luís por nos fazeres sentir que foi especial para ti (Para vocês? Oh Nuno és muito reservado.Ou isso ou não te quiseste apegar a gente tão encantadora, para depois não chorar de desgosto pela separação. Foi isso? eh eh)como foi deste lado. Vou sentir muitas saudades. Beijinhos a todos (com a voz da alma embargada).
Também vou sentir saudades. Escrevi um texto no meu blog que é dedicado a todos os envolvidos neste curso de escrita criativa.
Para os mais curiosos, aqui fica o respectivo link: http://palavrascriativas.blogspot.com/2008/11/curso-de-escrita-criativa-na-recta.html
Com afecto
Mónica
Ontem a ver televisão recordei esta frase: "Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu" do Gabriel Farcia Marquez. Ora já me calou. Deixo-me a partir de agora de sentimentalismos. Sim senhora vou ter saudades mas com um grande sorriso na cara. Acabaram as lamúrias. Tomem lá mais beijinhos.
Errata: Garcia...
Grande título, Luís, e belo texto! Também gostei muito desta experiência workshopiana. Somos diferentes, de facto, Andreia - eu sou mais reservado. Mas pode ser que ainda escrever um poema ManuelAlegrino sobre esta epopeia lírico-criativa dos sábados de manhã. Beijinhos e abraços, Nuno CS
Errata 2:
onde se lê "escrever" leia "escreva"
Nuno: favor enviá-lo (Ao poema. Nota: prefiro nunocostasantino se puder ser. Nada contra o ManuelAlegrino mas cheira-me que o nunocostasantino será de grande qualidade) para nós, uma vez escrito. Obrigada pela "abébia" de vires aqui dizer que também foi bom para ti (ai que isto soa a outra coisa. eh eh eh). Bjinhos (e vá, um abraço)
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