terça-feira, 18 de novembro de 2008

Paz podre

De olhos fechados
Finges que não vês
A pobreza no meio da rua
Em cada esquina a solidão.

De olhos fechados
Finges que não vês
O olhar desabitado de amor
No rosto sulcado pelo sofrimento.

De olhos fechados
Finges que não vês
O luto carregado do poeta
Esvaziado de sonhos.

De olhos fechados
Finges que não vês
A dura desilusão
Da esperança desvanecida.

Abre os olhos
Pára de fingir que não vês.

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