um belo sketch de Mónica Cunha & Ricardo Albuquerque
Dois empresários (E1 e E2) têm um almoço de negócios num restaurante típico em Lisboa. E1 é uma pessoa submissa, muito reservada, enquanto E2 é o típico macho-alfa, uma pessoa dominante, altiva e irritante.
E1
Bom dia senhor engenheiro.
e2
Bom dia.
e1
A viagem, como…?
e2
Correu? Bem obrigado. E a sua?
e1
Também. Foi algo…
e2
Demorada? A minha também.
e1
Pois. Mas faz-se bem vindo pela…
e2
A2? Já me deixei disso, pagam-se muitas portagens. Mas hoje teve que ser. Tinha pressa.
e1
Então e a…?
e2
Família? Está óptima. O João está um rapagão.
e1
Mas não tem um…?
e2
Casal? Tenho sim. A Verónica também está enorme.
e1
Que bom, que bom. Ora, mas vamos lá…
e2
Falar de negócios? Assim é que se fala. Trabalho é trabalho, cognac é cognac.
e1
Exacto. Estou um bocado renitente quanto ao…
e2
Preço da mercadoria? Eu também. Vamos descer 2 cêntimos por kg! A farinha de trigo não está a ter assim tanta procura nesta altura do ano. Temos que estimular a procura, não é verdade?
e1
Senhor engenheiro, isso é muito…
e2
Bom? Também achei.
e1
Não não, pouco.
e2
Não o estou a acompanhar.
e1
Então, pelas minhas contas no mínimo…
e2
5 cêntimos. Eu também as sei fazer caro amigo.
e1
Sim, 5 cêntimos no mínimo! Não acha que…
e2
Podemos chegar a um acordo? Certamente. 3 cêntimos e não se fala mais nisso. Agora vamos comer.
Almoçam calmamente e, mais tarde:
e2
Bem, o almoço estava divinal. Foi um prazer fazer negócio consigo.
e1
Concordo. Não me leve a mal mas, está na hora de pedir…
e2
A conta? Deixe estar que eu trato disso. Também estou cheio de pressa.
O E2 acena ao empregado que vai logo à mesa.
e2
Era a…
empregado
Conta? Certamente.
e2
Desejava também…
empregado
Uma factura? Com certeza.
e2
Ah, e traga aqui…
empregado
O multibanco? É para já.
O empregado vai-se embora e o E2 desabada para o outro:
e2
Bolas, esta gentinha que não nos deixa acabar as frases é do mais irritante que há.
e1
Sem dúvida, do mais irritante que há! (fala enquanto fica pasmado a olhar para E2)
Dois empresários (E1 e E2) têm um almoço de negócios num restaurante típico em Lisboa. E1 é uma pessoa submissa, muito reservada, enquanto E2 é o típico macho-alfa, uma pessoa dominante, altiva e irritante.
E1
Bom dia senhor engenheiro.
e2
Bom dia.
e1
A viagem, como…?
e2
Correu? Bem obrigado. E a sua?
e1
Também. Foi algo…
e2
Demorada? A minha também.
e1
Pois. Mas faz-se bem vindo pela…
e2
A2? Já me deixei disso, pagam-se muitas portagens. Mas hoje teve que ser. Tinha pressa.
e1
Então e a…?
e2
Família? Está óptima. O João está um rapagão.
e1
Mas não tem um…?
e2
Casal? Tenho sim. A Verónica também está enorme.
e1
Que bom, que bom. Ora, mas vamos lá…
e2
Falar de negócios? Assim é que se fala. Trabalho é trabalho, cognac é cognac.
e1
Exacto. Estou um bocado renitente quanto ao…
e2
Preço da mercadoria? Eu também. Vamos descer 2 cêntimos por kg! A farinha de trigo não está a ter assim tanta procura nesta altura do ano. Temos que estimular a procura, não é verdade?
e1
Senhor engenheiro, isso é muito…
e2
Bom? Também achei.
e1
Não não, pouco.
e2
Não o estou a acompanhar.
e1
Então, pelas minhas contas no mínimo…
e2
5 cêntimos. Eu também as sei fazer caro amigo.
e1
Sim, 5 cêntimos no mínimo! Não acha que…
e2
Podemos chegar a um acordo? Certamente. 3 cêntimos e não se fala mais nisso. Agora vamos comer.
Almoçam calmamente e, mais tarde:
e2
Bem, o almoço estava divinal. Foi um prazer fazer negócio consigo.
e1
Concordo. Não me leve a mal mas, está na hora de pedir…
e2
A conta? Deixe estar que eu trato disso. Também estou cheio de pressa.
O E2 acena ao empregado que vai logo à mesa.
e2
Era a…
empregado
Conta? Certamente.
e2
Desejava também…
empregado
Uma factura? Com certeza.
e2
Ah, e traga aqui…
empregado
O multibanco? É para já.
O empregado vai-se embora e o E2 desabada para o outro:
e2
Bolas, esta gentinha que não nos deixa acabar as frases é do mais irritante que há.
e1
Sem dúvida, do mais irritante que há! (fala enquanto fica pasmado a olhar para E2)
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